Você provavelmente já deve ter ouvido falar do termo política monetária, especialmente quando estamos falando da inflação e deflação. A inflação nada mais é do que o aumento no preço dos produtos e serviços de consumo, enquanto a deflação é a queda nos preços, mas então onde essa tal de política se encaixa? Bem, a política monetária possui um papel fundamental para cuidar da estrutura financeira do país. Desse modo, são medidas do Estado para controlar a economia, principalmente a oferta da moeda.
Neste artigo, vamos abordar a política monetária expansionista e contracionista, a fim de proporcionar um melhor entendimento do contexto econômico atual. E ainda traremos um exemplo que faz parte do nosso cotidiano, assim, você pode ter uma compreensão melhor sobre essa política e os seus efeitos na prática.
O que é?
A política monetária é bastante utilizada para conduzir a economia de um país, a fim de superar crises e conter a inflação. O Banco Central tem como principal objetivo manter a inflação sobre controle, para isso, utiliza a política monetária para controlar assuntos relativos ao custo e a quantidade de dinheiro na economia, respectivamente na taxa de juros e liquidez. É objetivo tornar os preços mais estáveis, pois isso contribui para preservar o valor do dinheiro e manter o poder de compra, e a política monetária vigente adota medidas para alcançar esse objetivo.
Essas medidas podem tanto estimular quanto trazer uma redução para o cenário econômico, depende da maneira que é utilizada. Muitos apontam que a política monetária deve ser observada por quem deseja investir, mas, para além disso, ela pode oferecer um contexto para entender melhor a situação do país. Assim, você pode entender a variação dos preços, entender como o seu poder de consumo será afetado e ainda observar se há condições favoráveis ou não no mercado.
Entenda a diferença entre a política monetária contracionista e expansionista
Bem, os dois tipos de política monetária podem ser utilizados em ocasiões diferentes e ambos tem o objetivo em comum de controlar o consumo na economia. Levando em conta o histórico de grandes mudanças na economia brasileira, assim como uma alta na inflação, também há uma alternação entre as políticas contracionistas e expansionistas diante da necessidade do momento. Por isso, é preciso observar atentamente as suas diferenças, para entender melhor quando deve ser usada determinada política.
A política contracionista é utilizada principalmente em um período no qual há um grande crescimento na economia e alta no consumo, então há a intenção de “frear” a economia, adotando medidas como o aumento de taxas de juros por crédito e diminuir a inflação, ao reduzir também a demanda. Isso pode ajudar a estabilizar os preços de serviços e produtos, mas por outro lado pode trazer efeitos negativos para economia e desemprego.
Já a política expansionista, como o nome sugere, tem a intenção de incentivar o crescimento e desenvolvimento da economia, a fim de aumentar também o poder de consumo das pessoas. Desse modo, o Banco Central realiza a diminuição na taxa de juros e aumenta a oferta de moeda em circulação no país. Como o principal objetivo é aumentar a demanda e a oferta de dinheiro na economia, podem adotar medidas como redução das taxas de juros, aumento na disponibilidade de crédito e reduzir o desemprego. Como um fator negativo, essa medida pode contribuir para um aumento na inflação.
Taxa Selic
É impossível falar de política monetária e não falar da famosa taxa Selic, a taxa básica de juros. A taxa Selic é o principal instrumento de política monetária do Banco Central e é gerenciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Esse comitê realiza reuniões para decidir a meta para a taxa Selic, que é referência para demais juros na economia. Levando em conta o cenário atual, a atitude de Copom é buscar por reduzir gradativamente a taxa Selic, a fim também trazer uma redução da inflação.
Essa taxa afeta diretamente diversos outros serviços como o crédito, empréstimo, investimentos e financiamento, e pode influenciar no comportamento da inflação. Por isso que, de acordo como Banco Central, manter a taxa de inflação baixa e previsível é a melhor contribuição que a política monetária do BC pode fazer para o crescimento econômico sustentável e a melhora nas condições de vida da população. Uma vez que a inflação alta, instável ou imprevisível prejudica o crescimento econômico.
Nesse contexto no qual os preços são estáveis, tanto as famílias podem ter mais previsibilidade diante dos gastos mensais, principalmente com produtos de consumo, como as empresas têm melhores condições para realizar investimentos. Há então um cenário mais propício para que a economia cresça, favorecendo também a criação de empregos. A inflação em alta pode prejudicar principalmente famílias de baixa renda, que sofrem com a perda do valor da moeda e podem ter dificuldades comprar produtos de consumo básico.
A taxa sofreu uma série de aumentos no período de março de 2021 a agosto de 2022, chegando a 13,75% em agosto de 2023. Atualmente, houve uma redução para 11,25%, em uma diminuição de 0,5 pontos. Segundo a Copom, o objetivo é fazer uma redução gradual da taxa para manter esse diminuir a inflação.
Considerações finais
A política monetária tem um papel fundamental para ajudar a conter crises e conduzir a economia de um país. Sendo assim, pode servir como base para decisões relacionadas a metas de inflação, inclusive sendo utilizada pelo Banco Central, como por exemplo da Taxa Selic. O Novo Post está sempre empenhado em trazer conteúdo atualizado e de qualidade para ampliar o seu conhecimento no universo da educação financeira.
Com informações da Agência Brasil e Banco Central.